Eu entrevistava Hugo de León, quando parou ao meu lado um homem e uma criança. “Meu filho, este cara aí é aquele que está no pôster do pai com a cabeça ensanguentada, segurando a taça”, disse o cidadão. Esta cena resume as eleições presidenciais do Grêmio neste domingo. Com o apoio de verdadeiros centauros da história tricolor, Fábio Koff foi escolhido o presidente do biênio 2013-2014.
E não foi somente De León que marcou presença no ‘Velho Casarão’. Passaram por ali também Iúra, China, Mazaropi, Adílson, Arílson e Jardel. Uma verdadeira seleção de ídolos escalada para recolocar o líder das conquistas de 1983 e 1995 de volta ao trono gremista. Por isso, não há demérito algum nas derrotas de Paulo Odone e Homero Bellini Júnior. Era preciso muito mais do que uma Arena nova e reluzente, ou um projeto para lá de elaborado. O torcedor ainda vive de resultados dentro de campo, e talvez para sempre viverá.
E é com o desejo de que novos mitos sejam criados, que a maioria dos sócios gremistas (57% dos votos) optou pela eleição de Koff. A esperança é de que as conquistas de outrora se repitam. “Meus dois filhos ainda não viram o Grêmio sair campeão”, reconheceu o candidato Homero. Já Odone preferiu ser mais enfático: “Perdi a eleição para uma legenda”. Mas logo depois emendou: “Quero convocar a todos que já a partir de amanhã estejam unidos em torno do Grêmio”. Assim foi nas décadas de 80 e 90 e, se não repetir a fórmula, longos anos de jejum virão novamente, com cada vez mais grupos políticos divididos.
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