quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Fome de bola ou corpo-mole

Foto: Rafael Ribeiro (CBF)

As lesões do Internacional estão sendo colocadas sob a névoa da suspeita. Após mais um jogador tombar no departamento médico, alguns torcedores começam a acusar o plantel de corpo-mole. A bola da vez é Leandro Damião. Tudo porque o centroavante volta da Argentina, onde esteve com a Seleção Brasileira, e tem oficializada uma entorse no tornozelo que o tira do compromisso contra o Santos, no final de semana. Mas se ele estava lesionado, por que se apresentou à seleção?! Esta é a pergunta que todos se fazem.

Porém, o questionamento mais grave nem é esse. Segundo o médico do Inter, Paulo Rabelo, a CBF foi avisada sobre as dores de Damião (sentidas ainda no duelo com o Cruzeiro, em Varginha). Entretanto, basta entrar no site da entidade máxima do futebol e averiguar na sessão de fotos que o camisa 9 colorado trabalhou normalmente com bola, em um treinamento realizado na última terça, no CT Joaquim Grava, do Corinthians. Então, refaço a pergunta: como pode um jogador lesionado treinar?

Para isso, há duas respostas: ou Damião está se esquivando de entrar em campo pelo Inter, ou só atuou no treino de São Paulo porque é “fome de bola”. Sinceramente, prefiro ficar com a impressão de que o atacante queria, a todo custo, mostrar serviço a Mano Menezes. Assim, a CBF lavou as mãos! Na cabeça do atleta, caso negasse uma convocação, poderia cair em desgosto com o treinador brasileiro – D’Alessandro, por exemplo, negou o Superclássico das Américas em 2011 por dores musculares e nunca mais apareceu na seleção argentina. Por isso, vou ficar com a imagem do Leandro Damião “fome”, dos tempos de várzea, e não o “corpo-mole” que alguns desenham.

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