Fotos: Alexandre Lops (Inter) e Romildo de Jesus (Lancepress)
De qual escola do futebol seu time pertence? Há um bom tempo eu não pensava nisso, mas os atos da 33ª rodada do Brasileirão me fizeram refletir que realmente isso pode influenciar vida profissional de um atleta. Foi o técnico colorado Fernandão quem deflagrou esta filosofia ao comentar o gol de Barcos, anulado na vitória do Inter de 2 a 1 sobre o Palmeiras: “Para ludibriar com a mão, cá entre nós, tem que ter uma boa escola disso", declarou o treinador.
Fernandão fez uma leve referência ao gol de Maradona, na Copa do Mundo de 1986. A escola argentina, para ele, foi feita com ‘La Mano de Dios’, desviando do goleiro inglês. Uma pena, mas no México não tínhamos uma câmera a cores, muito menos um quarto árbitro auxiliado por um delegado de arbitragem para lá de astuto, capaz de invalidar um tento já marcado pelo juiz principal. Ótima atitude! Não vejo motivos na reclamação palmeirense, afinal de contas o braço do centroavante se destaca sobre Muriel. Mão! Ninguém quer prejudicar o Palmeiras, mas beneficiar o futebol. O futebol é jogado com os pés: foot-ball!
Agora não precisa exagerar, né?! O atacante Leandro, do Grêmio, levou tão a sério o bolapé que não soube se livrar da pelota na hora certa. Seria esta a escola brasileira? Maldita escola! O placar já estava 1 a 1, quando o camisa 21 ficou cara a cara com o goleiro do Bahia. "Ele preferiu a jogada bonita, quando poderia ter optado pela eficiência", definiu Vanderlei Luxemburgo. Fosse o contrário, o Tricolor voltaria de Salvador com 3 pontos na bagagem. E, no final de tudo, me peguei pensando o que é melhor: a escola argentina que tenta o gol a qualquer custo, ou a escola brasileira que valoriza a posse da bola acima do gol? Um dia eu ainda respondo...
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