Quando a direção gremista aventou a possibilidade de marcar um amistoso contra o Bayern de Munique-ALE, utilizei o microfone da Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9) para protestar. Não podia ser outro adversário senão o Hamburgo. Nem o Peñarol (inimigo da final da Libertadores de 1983), muito menos o Internacional (eterno rival) ajudariam a descrever um pouco da história gremista no primeiro capítulo da nova Arena.
Muito antes da decisão do Mundial, em Tóquio, Grêmio e Hamburgo se postaram um ao lado do outro. Esta relação nasceu ainda no longínquo 1911, ainda que meio despercebido. Tudo isso quando Edwin Cox abandonou o Fluminense e o Rio de Janeiro para vir a Porto Alegre e ao Grêmio. Trouxe consigo o cunhado Bruno Schuback que, por sua vez, convidou o primo Gustav Mohrdieck a trocar o Victoria, de Hamburgo-ALE, pelo Tricolor gaúcho. Juntos, na Baixada, os primos formaram aquela que ficou conhecida por “a zaga hamburguesa”. Formaram a defesa, por exemplo, nos impiedosos 10 a 1 do Gre-Nal de 18 de junho de 1911.
Por incrível que pareça, o velho clube abandonado por Mohrdieck - o Victoria - fundado em 1895, foi obrigado a se fundir ao Hamburgo FC, de 1988. Desavenças ocorreram e o Victoria rompeu mais uma vez. A partir de então, da fusão de 3 clubes (Germania, Hamburgo e Falke Eppendorf) nasceria o Hamburger Sport-Verein, ou simplesmente Clube Desportivo Hamburgo. Sim, este mesmo que estará em campo para encarar o Grêmio neste sábado e que esteve presente na vida dos gremistas há tanto tempo. Muito antes da Arena, muito antes de Tóquio.
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