Às vésperas da Copa do Mundo de 2010, a Revista Placar publicou uma capa onde o técnico Dunga aparecia à frente de soldados de brinquedo, como se estivesse em um tabuleiro de xadrez (foto). A matéria fazia referência às táticas de guerra que o comandante da Seleção Brasileira armava para viajar à África do Sul. Com o insucesso dentro de campo, meses depois, o capitão do Tetra acabou sendo torrado. Até mesmo por isso, ele ficou tanto tempo parado, até ser finalmente apresentado como técnico do Internacional, nesta quarta-feira: "Quando fui para a seleção, achei que todos torciam por ela. Então, eu tive que me reciclar. Eu via tudo como um torcedor apaixonado", revelou em entrevista coletiva.
Naquela oportunidade, Dunga foi chamado às pressas pela CBF para devolver aos jogadores o orgulho em vestir a camisa amarelinha. Agora, em um momento bem parecido, é conclamado para repetir o serviço. Porém, no Beira-Rio. "O Inter foi o clube que me abriu as portas. Então, vejo Inter como a seleção. Não é quando tu quer, mas quando tu é convocado", disparou. Assim, pelo jeito, a mesma dedicação que teve para com a seleção, terá com o Inter.
Em 2010, Dunga foi criticado por não levar jogadores badalados e de mais experiência – o único foi Kaká. Barrou Ronaldinho, depois que este afundou como líder da meninada nas Olimpíadas. Esqueceu Adriano, que preferiu fugir para os morros cariocas ao invés de treinar no seu clube. E, por fim, abraçou-se naqueles que estiveram desde o início ao seu lado, passando pelas agruras da Copa América e Eliminatórias, como o goleiro Doni. No Inter, exigirá o mesmo comprometimento dos seus comandados. Quem não marchar direito, vai preso no quartel.
Nenhum comentário:
Postar um comentário