quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

O apaziguador

Paulo Odone e Fábio Koff passaram mais de um mês se digladiando. Tanto que se esperava para a noite desta terça-feira um clima de tensão, quando ambos se encontrariam para a cerimônia de posse do presidente eleito. Nada disso! O que se viu foi uma emocionante harmonia e troca de gentilezas entre os mandatários. “Tomara que eu tenha a clarividência e a sua competência para conduzir os destinos do Grêmio nos próximos dois anos”, declarou Koff diretamente a Odone. E este clima só ocorreu por conta de um cidadão: Raul Régis de Freitas Lima, presidente do Conselho Deliberativo.

Coube a ele costurar os trapos expostos após o pleito do pátio do Olímpico. As declarações sobre a Arena, jogador no cofre e tantos outros embates políticos acabaram sendo apagados de maneira hábil pelo Dr. Raul Régis e seu espírito de monge budista.

Os próprios ex-presidentes reconhecem este caráter apaziguador. Prova disso foi que, antes de inscreverem suas chapas, ambos tentaram convencer Freitas Lima a assumir uma candidatura de consenso. Por motivos particulares, ele recusou a oferta. Mesmo assim, agiu cirurgicamente quando necessário. Na hora em que todos erguiam armas, o presidente do Conselho Deliberativo balançou a bandeira branca. Por isso, é ele e o Grêmio grande vencedor da última eleição presidencial do Olímpico.

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