A seleção italiana se preparava para entrar em campo para decidir a Copa do Mundo de 1938, contra a Hungria. Eis que um telegrama chegou no vestiário, tendo como remetente nada mais, nada menos do que o ditador Benito Mussolini. No papel, que passou pelas mãos dos jogadores, apenas uma frase: “vencer ou morrer”. É certo que a direção gremista não chegará a esta loucura no domingo, mas irá fazer o máximo para vergar seu maior rival na última partida do estádio Olímpico. Até porque, além de deixar uma boa impressão no espetáculo derradeiro do ‘Velho Casarão’, o Tricolor tem o compromisso de quebrar um tabu – nunca venceu o último Gre-Nal dos estádios porto-alegrenses.
Anterior ao Olímpico, por exemplo, os gremistas lotavam a Baixada. Pois, no dia 1º de novembro de 1953, quase 9 mil pessoas vislumbraram nela a última partida do Campeonato Citadino. O Internacional chegou ao embate matematicamente campeão, e acabou vencendo por 2 a 0, com gols de Jerônimo e Canhotinho. Curiosamente, com a camisa tricolor figurava o ponteiro Tesourinha (herói da década passada pelo time do rival, reconhecido como Rolo Compressor). Nos Eucaliptos, o último Gre-Nal ocorreu em 1968, e acabou empatado por 1 a 1 – Alcindo anotou o gol gremista, com Valdomiro igualando o marcador. E agora, como será o Gre-Nal de encerramento do Olímpico?
É conhecido que o primeiro clássico teve igualmente goleada vermelha por 6 a 2. Por isso, aumenta ainda mais o compromisso tricolor em apagar as luzes da velha casa com um sucesso, que de quebra o levará diretamente para a fase de grupos da Libertadores. Por isso, não estranhe se os jogadores do Grêmio receberem, ainda no vestiário, antes de entrar em campo, um telegrama. Desta vez estará escrito: ‘vencer ou vencer’. Não há outra saída!
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