segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Beira-Rio: o triturador de ídolos

Foto: Fernando Gomes (Zero Hora)

Restando três rodadas para o fim oficial da temporada colorada, Fernandão disse que irá procurar a direção e cobrar uma resposta sobre sua manutenção no cargo de treinador ou não. Será um encontro constrangedor para o presidente Giovanni Luigi. É domínio público que o departamento de futebol do Internacional será totalmente modificado. E, a partir de então, três nomes são cogitados: Abel Braga (que anunciou sua permanência no Fluminense após o título brasileiro), Muricy Ramalho (próximo de confirmar seu acerto por mais um ano com o Santos) e Felipão (que já negou o Colorado em 2010 por alta identificação com o rival Grêmio).

Sendo assim, um nome dispara como favorito entre os torcedores que participam da interatividade da Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9): Dunga. Mas, sinceramente, eu confesso que guardo sérias restrições ao ‘Capitão do Tetra’. Primeiro porque concluo que Fernandão será dispensado com a promessa de que o Inter anunciará um substituto mais experiente (o que Dunga não é). Apesar disso, contam os repórteres que viveram próximo, que, na Seleção Brasileira, as cartas eram dadas pelo auxiliar Jorginho. Como ele está no Japão, não deve vir junto a Porto Alegre. E, por fim, minha tese se completa pelo histórico do Beira-Rio.

Dunga é um ídolo da torcida vermelha. Qual colorado não agradeceu ao volante pelo gol diante do Palmeiras, que salvou o Inter do rebaixamento em 1999? Então, seria mais um ídolo a adentrar o triturador que engoliu Falcão, Fernandão, Figueroa e outros. Posso errar no meu pré-conceito, mas antes de eu entregar meu ‘sim’ a Dunga, será preciso ouvir o ‘não’ de Luigi a Fernandão. Enquanto isso, ecoa em meus ouvidos a velha máxima: "Nunca contrate alguém que você não pode demitir".

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