sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Era o genérico

O Grêmio nunca quis Naldo, agora lamenta o fato de vê-lo rumar para a Udinese-ITA. Lamenta, mas nem pelo fato de que apostava no futebol do atleta, mas porque sabe que terá de gastar um dinheiro que não imaginava. Nesta história não tem bandido, nem mocinho. Ambos demoraram para vislumbrar o real valor do parceiro.

Vale lembrar a maneira como Naldo desembarcou em Porto Alegre. O Grêmio nunca pensou em seu nome. Na verdade, o pretendido era o Naldo do Werder Bremen (agora no Wolfsburg-ALE), que pelo alto custo não pode vir. Assim, a direção tricolor arriscou na contratação de Gonzalo Sorondo, do Internacional. Pois bastaram dois treinos para o uruguaio estourar de vez o joelho. A partir de então, Jorge Baidek se aproximou de Paulo Pelaipe - então diretor executivo -, e ofereceu este Naldo. No desespero, "Edinaldo" foi apresentado.

Alguns jogos bastaram para que o zagueiro, que formou dupla com Douglas Grolli, fosse excomungado. Era chamado por alguns, inclusive, de 'Naldo genérico'. Caiu no banco de reservas e só veio reaparecer na reta final, quando Vanderlei Luxemburgo afastou Gilberto Silva. Quando o torcedor e a crítica resolveram se dobrar, chegou a proposta da Udinese. Nem a Arena seduziu Naldo, que preferiu os euros italianos. Baidek lembra que, enquanto esteve em campo, Naldo jamais foi derrotado com a camisa do Grêmio. Ótima estatística! Mas eu ainda fico com a imagem do genérico. Será que vale a pena chorar tanto sua perda? Agora, a verdade seja dita: a nova direção vai ter de abrir o cofre já!

Um comentário:

Anônimo disse...

sai daí gremista.